Som de resistência ecoa em Lages: aula inaugural da Escola de Tambor reúne aprendizados e vivências afro-brasileiras
Atividade marca início do espaço que vai reunir cultura, história e ancestralidade por meio da percussão, valorizando saberes afro-brasileiros na prática coletiva.
Lages viveu neste sábado (13) uma tarde marcada por ritmo, ancestralidade e partilha de saberes. Aconteceu hoje a aula inaugural da Oficina “Do Couro ao Tambor – do Aré ao Alujá”, que abre oficialmente as atividades da Escola de Tambor dos Povos de Terreiros de Lages.
O encontro, realizado na Sala Matakiterani – Associação Cultural (antigo Seminário, na Av. Papa João XXIII), teve início às 14h e contou com a condução do Mestre Fu de Iemanjá, tamboreiro reconhecido pelo seu trabalho de preservação e transmissão dos toques tradicionais ligados às religiões de matriz africana.
Durante a oficina, os participantes puderam aprender, vivenciar e fortalecer a arte do tambor, mergulhando em expressões como o Aré e o Alujá, que carregam histórias, espiritualidade e identidade da cultura afro-brasileira.
O projeto tem como proponente O jornalista Marciano Corrêa / Matakiterani e apoio de Adilson Freitas e Kellen Demeneck no pedagógico e busca não apenas ensinar a técnica do tambor, mas também valorizar a memória dos povos de terreiros, reafirmando a importância do instrumento como símbolo de resistência e espiritualidade.
Entre batidas, cantos e diálogos, a tarde se transformou em um verdadeiro espaço de encontro e celebração da diversidade cultural. Para os organizadores, este é apenas o começo de uma caminhada que pretende dar voz e ritmo à ancestralidade que pulsa em Lages.
A Escola de Tambor seguirá com novas oficinas e encontros, fortalecendo a cultura popular e o protagonismo das tradições afro-brasileiras na região.
Texto: Marciano Corrêa.
